
Talvez a vida não passe de encontros e desencontros ao longo de um caminho. Alguns impulsionados pela ganância em seu navio sem rumo, onde sua vela já carcomida por todos os desejos que destroem o homem, e que fatalmente quase todos se apaixonam por eles, se vêem em ruínas em seus próprios sentimentos mesquinhos, sem ao menos olhar ao lado o seu semelhante que se encontra em um mesmo labirinto sem respostas e na mesma dor, se não mais e mais. Outros navegam apenas ao lado de um espelho refletindo apenas mentiras e mérito de um narcisismo respaldado na sua própria ignorância. A certeza de que a força de cada um se esvai em cada naufrágio, deixa o desespero arquear todas as canções tristes que abafam o urro e que jaz em nosso peito. Tentamos ser fortes pra não pisarem em nossos resquícios, buscamos a felicidade perdida em certo momento da vida, e que certamente reencontraremos, para aprendermos a não deixá-la esvair entre os dedos; e desesperados tentamos em vão conte-la na palma da mão. Muitos ainda teimam em remendar suas velas com ambições, vaidade, fama, fortuna, o que nunca será o suficiente. O remendo principal de um navio cuja vela se rasgou é o amor, e será este que irá apaziguar todos os outros anseios que lhe impulsionam na vida. E a dor é inevitável.
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