segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Aliado Inimigo





Que a poesia se torne a arma eleita pelos leais,
Pelos dóceis momentos de transtorno,
Onde as mãos nunca param de tremer
Ansiando pela pele na minha carne
E pelas lágrimas que limpam e adoçam minha alma

Que a poesia morta na boca torta,
Torne-se os dentes.
Daqueles que não sonham,
Nem quando dormem,
Muito menos quando sofrem.
Repassam suas dores de corpo em corpo,
Esquecendo-se do inicio do recomeço,
Do infinito que nos espreita,
E dos vícios que os impulsionam.

Deixe a poesia transformar os crimes insanos.
E que tudo que não presta
Seja banido,
Até o limite das fronteiras da magia.
E que reine as quimeras e o incompreensível
Que a ciência volte a regar a razão do amor.

Que meu corpo nu
Seja vestido pela sua mão poética,
Que me afaga nas noites ruins,
Envolvendo meus prantos.
E o rosto passando em meus lábios salgados
Esquecidos
Pela sorte de ainda poder idealizar
Toda poesia que servirá de arma
Nesta luta sem fim,
Contra mim mesmo.