segunda-feira, agosto 09, 2010

Buscando A Razão No Espelho.




O prazer se separa da dor em módicas medidas,
Gosto da faca enterrada no peito,
Sangrando a lágrima de amores sem resposta.
Minha melancolia respira em cada orgasmo sufocante,
Perco-me sempre em seus cabelos,
Junto as pernas.

Sento em frente ao computador,
fugindo da realidade,
ou de qualquer contato físico.
É um fiasco.
Logo procuro outro tipo de dor que possa me levar ao prazer,
ao gozo sem fim.
O prazer misturado a dor.

De volta a realidade esqueço seu nome,
Lembro da dor,
Mas esqueço seu nome.
Lembre-me seu nome,
Para eu esquecer a dor.

As paredes guardam os segredos,
Sussurros de um desnível da sanidade,
Guarde pra mim este doce pra quando eu voltar.

A rua faz com que eu me perca,
Pra me achar no canto de um quarto escuro,
confuso no corpo,
na orgia da lua.
Quero ser a sua salvação,
Pra junto me levar ao paraíso.

E volto para o meu singular prazer,
O cotidiano desvairado,
Com o vigor de toda minha fraqueza.
Aconselhe-me a dor do futuro,
Pra relaxar.

Todos num mesmo tempo,
Em diferentes ritmos.
Cadê a luz,
Cadê meus passos confiantes,
Afogaram-se em prantos sorrisos.

A liberdade é uma risada contida,
Num murmúrio perdido da razão. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Pedro,

aqui quem escreve é o Anselmo...do blog minervapop.blogspot....eu tuve o prazer de te conhecer na ultima bienal do livro em SP...comprei o ESGOTO e A MATILHA DO CACHORRO LOUCO....estou preparando um post sobre estes livros....passe lá.....

Anselmo - minerva pop