sábado, abril 17, 2010

Bocas Eternas.




Eu tento justificar minhas ações,
Sendo aquilo que meus instintos dominam, e ao mesmo tempo, carregar toda paixão da razoabilidade. Seduzo a loucura em forma de pornografia, num beijo encharcado de despudor. Saboreio o gosto da boceta num pingo de baba. O erótico é meu amor. Cruzo o país em busca do seu corpo. Vivo intenso cada foda, num minuto de cena. A imagem que me persegue é de quatro, explicita. Esquecer?
Talvez saborear.
Estou vivo na madrugada eterna; na noite em que o sol morreu, a tarde não estava lá. Posso rir no eterno gozo da minha morte, talvez eu não esteja presente no dia em que acontecer, mas talvez você esteja. Quero ver e sentir o tempo que consome minha pele; destruindo minhas unhas; enrugando a flexibilidade; caindo meus dentes.
Contudo o desejo permanece inflexível, nem que eu me drogue; foda-se.
O Tempo urge, e longa se tornou a espera. O amor sempre numa vaga lembrança, em planos diferentes surreais. O relógio apurado derretido no calor do seu corpo.
Rígido é o meu amor por ti.
A saudade inundou minhas lembranças. Penso em lhe esquecer numa fração do tempo,
E no milésimo de segundo seguinte transpiro seu nome. Preciso me enterrar no longínquo subconsciente,
Em minha frágil máscara deformada.
O chão se derrete junto ao relógio.
Imagino coisas e vejo um novo mundo de idéias, sendo aquilo que eu quiser, aonde eu sempre poderei estar. O prazer se torna minha linguagem do saber, mas nunca sei exatamente onde estou. Vago de psíquicos a matérias na busca irrefreável dos sentidos, tento conhecer antes de partir, dominar a razão.
A palavra da sua boca é a violência no meu corpo, aquilo que nunca será meu, também não o será de ninguém. Os sussurros carregam lembranças e o tempo junto; voando almejando o fim. A dor pode ser um gozo na carne. Extirpo a razão num descontrole ao puxar seu cabelo. Cuspo na sua cara num tapa impetuoso, o estalo é uma brincadeira do som. Penso que você não conhece a dor, e tudo é um jogo perigoso, assim a como; as palavras. Não me diga nada, apenas encaixe, desperte. Ajoelhe-se e jure.
Faça valer o desperdício, chupe e engula; quero sua língua.
Passo pelas portas em que você esteve, sinto o perfume que marcou nossos encontros; tudo tão longe e tão intenso que me deixo explodir;
Minhas mãos tremem lhe vendo em pequenas cenas sem pudor, não me deixe aqui, leve-me contigo pra dentro de você.
Tudo se move com extrema velocidade, menos eu, continuo parado num tempo vagaroso, envelhecendo as pedras, e consumindo meu ser.
Vejo derreter a máscara que você me deixou,
Porém a vida, sempre se alimentará da vida.  
Lobato Dumond.

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