



A planície nem sempre nos mostra seus esconderijos,
Através do tempo aprendemos enxergar as minúcias da terra.
Correr a esmo não nos leva à lugar algum,
Contudo, de certo,
É divertido.
Não adianta se esconder ante ao abismo que nos cerca,
A brisa vindo de sua boca negra,
Emergindo de lugar nenhum,
Apenas de uma larga cratera,
Arrasta nossos devaneios
Deixando sepultar a razão.
A saída é voar,
Não cair nesta fenda;
Ruir a fantasia.
E sim dissipar-se dentro dela;
Flutue a realidade.
Descobrir seus segredos mais íntimos e ditar ao tempo o que somos
Seguindo o fluxo de nossa singular estrada.
O tempo transforma tal qual o fogo,
Deixando as cinzas e vestígios se alimentarem da história de cada um.
A carne perece,
O sangue coagula,
Os ossos se esfarelam
E a pele apodrece,
No entanto nada impede o íntimo de seguir suas faces.
O entusiasmo criador muitas vezes se perde na boca,
Sem perceber que das inspirações se erguem nações
Junto aos sensíveis mais fortes.
Deixem a mente vagar em busca de seus esconderijos,
Assim desnudando cada película de imagem.
Iluminando todo seu ser.